N.E.T.T. - Núcleo Experimental Teatro de Tábuas, é uma O.N.G. (Organização Não Governamental) que vem realizando um trabalho de incentivo ao teatro no interior, apresentou-se hoje em sua estrutura inflável na Praça da Matriz para os estudantes de Brotas.
Obviamente, os alunos de nossa Escola Dinah também compareceram à apresentação.
Auto da Passagem, dirigido por Jorge Luis Braz, idealizador do projeto Circuito Estradafora, agradou muito os estudantes:
sinopse: Através do encontro casual de dois jovens em uma estação de trem, o espetáculo mergulha nas dúvidas e maravilhas do universo adolescente. O espetáculo é voltado para o público jovem, com texto original do escritor e psicólogo José Ernesto Bologna, sobre os desafios, expectativas e desencontros da "passagem" que é a adolescência.
Jorge Braz realizou na última terça-feira, uma série de palestras em nossa Escola Dinah no intuito de apresentar o Projeto aos alunos e convidá-los para a apresentação. O Projeto, visa sobretudo, a possibilidade de construção de teatros em cidades carentes de espaço para esse tipo de apresentação.
Na parte técnica, o que mais chamou a atenção dos alunos, foi a estranha estrutura utilizada pelo grupo, que nada deixa a desejar a uma sala tradicional de espetáculos.
Hoje pela tarde, Fernando Borges, integrante do G.E.C.M. realizou uma entrevista com Daniel Salvi, ator e diretor fundador da ONG NETT:

Escola Dinah: O que é uma ONG?
Daniel Salvi: É uma Organização Não Governamental; são as chamadas Empresas do Terceiro Setor. No caso do Teatro de Tábuas, possui fins culturais não-lucrativos, que atua na área de Cultura e Educação através da Arte.
Escola Dinah: Porque Teatro de Tábuas?
Daniel Salvi: Esse nome foi escolhido porque no primeiro teatro que construímos, a matéria-prima utilizada foi a madeira. Como sabíamos que seríamos um grupo de experimentação teatral, ajustamos o nome.
Escola Dinah: Como surgiu a idéia para criar essa ONG?
Daniel Salvi: Jorge, o idealizador do Projeto e da ONG, depois de trabalhar dezesseis anos em Pernambuco, voltou à sua cidade natal, São João da Boa Vista, para trabalhar com novos desafios; e a proposta de criar um fluxo de espetáculos no interior, fora do eixo das capitais e dar oportunidade a novos talentos, foi uma consequência.
Escola Dinah: Qual a parte mais difícil de seu trabalho?
Daniel Salvi: Muitas vezes ouvimos "Nossa, isso não vai dar certo!". As pessoas estão acostumadas a pensar que Arte não é importante para suas vidas e, por isso, nem se permitem olhar com outros olhos. "Quebrar" esse estigma às vezes é cansativo...
Escola Dinah: E quais situações dão mais satisfação?Daniel Salvi: Quando percebemos que conseguimos tocar uma pessoa, uma criança, que alguém se emocionou e, mais que isso, que alguém mudará algo em sua vida porque "mexemos" com ela.
Escola Dinah: Vocês sobrevivem com o teatro? Existe outra fonte de renda?
Daniel Salvi: No Teatro de Tábuas, os técnicos são contratados para os serviços que realizam, e os atores são pessoas que optaram viver do que fazem. Todos viajamos na itinerância ou desenvolvem seus trabalhos em São João, por isso estão sempre ligados às atividades do teatro... Os atores, sei que "só" fazem isso, já os técnicos, nada os impede de fazer outras coisas... mas nunca soube que fizessem.

Os integrantes do grupo são jovens e dispostos a seguir seus sonhos.
É isso que esperamos também de nossos alunos.
Que sigam seus sonhos. Acreditem em vocês e aprendam a viver; mais do que apenas saber.
Teorias são apenas textos ou frases feitas. A vida, é bem outra.

Por Prof. Paulo Antonini às 8:31 PM