<$BlogMetaData$>


         
Livro de Visitas        FALE CONOSCO!             Leitor(es) online                   Arquivos 2003

6 de outubro de 2004

 

Temas Transversais - o desafio

Cervejas Primus e Fidalga - análise e comparaçãoEm mais uma capacitação voltada ao Ensino Médio, os professores de Arte ligados à Delegacia de Ensino de Jaú reuniram-se no CEFAM para assistir a uma vídeoconferência sobre estudo dos Temas Transversais na sala de aula.
A partir da análise de duas imagens publicitárias (cerveja primus e cerveja fidalga) e seguindo um roteiro de trabalho aplicada a elas - direcionado obviamente à interpretação de obra de arte; uma leitura dos estereótipos, símbolos e linguagem é proposta como base para falar de sexo e drogas.

Prevenção também se ensina.

Debate, mesa redonda e atençãoPois é, os temas transversais são previstos por lei e o educador deve desenvolvê-los em suas aulas.
Infelizmente, a hipocrisia que trafega entre os seres humanos, mascarada de moralismos, faz com que esse tema seja deixado de lado dentro das salas de aula.
Ou o professores de Biologia e Ciências trabalham o assunto, ou o aluno só aprenderá com pesquisa pessoal, vivência ou (em raros casos) numa conversa franca com os pais.
Palavrões, drogas e nudez são uma realidade no mundo do jovem.
Ouvir e ver pela televisão (veja o programa do João Kleber, denunciado como ofensivo, degradante e impróprio, ainda hoje atinge índices altíssimos no Ibope...) é permitido.
"Dentro da Escola?
Que horror!
Que escândalo!
Absurdo! "

Obviamente que essa reação é cultural e arraigada aos valores de cada um.
Afinal, fomos educados a esperar que no Templo do Saber, sirva-se apenas ambrosia e néctar.
Jamais torresminho e pinga.
Mas é por aí.
Ou pelo menos, uma mistura deve ser tentada.


Nós professores podemos até encontrar dificuldade em dizer, falar e conversar sobre isso... Mas devemos quando o assunto aparece.
Conversar.
Sanar dúvidas.
Pesquisar juntos.
Nunca ditar regras, valores ou pré-conceitos
A família deve participar também. É claro.
.
No mínimo, ela deve estar ciente do que o professor fará.


Lembre-se: Arte não é fazeção.Mas e o conteúdo?
O conteúdo não precisa ficar de fora.
O bom educador, aquele que se recicla, que busca informações novas, troca experiências, pesquisa; esse saberá como integrar seus conteúdos - que não são nem centro do universo e nem buraco negro tampouco, ao que o aluno espera dele.
Explicar e explicitar os objetivos sempre é imprescindível.
Reprimir as perguntas, sufocar a curiosidade do estudante, só vai colaborar para aumentar ainda mais seu desejo em ofender, buscar e descobrir sozinho... muitas vezes de maneira errada.



A troca de experiências é uma volta na chave do sucesso para estes encontrosHoje, através da simples imagem de propaganda, de uma cerveja que nem parte consistente do mercado faz; descobrimos uma maneira saudável, digna e cheia de conteúdos - sim... olha eles aí outra vez, de trabalhar os temas transversais.


Agora aí vai...
Informação, métodos, técnicas, objetivos, estratégias...
Tudo isso é oferecido a cada professor.
Profª Dinoráh, ATP de Arte e coordenadora das capacitaçõesE não apenas para as capacitações de Arte.
Mas para todas as disciplinas.
Cada qual em seu contexto e cada uma em sua hora.
Mas...
Onde vai o processo?
Aplica-se? Ou se borda?
O segredo, e a resposta talvez estejam dentro de uma gaveta, em uma bela pasta, encadernado...
Ou quem sabe, alojado dentro do cérebro curioso do aluno que sem pedir licença, vai à lousa e desenha uma cena mais ousada...
Pérolas aos porcos?
Tenho certeza de que não.
Afinal, pode-se sempre misturar o torresminho na ambrosia e diluir o néctar na pinga.
Talvez fique meio estranho ao paladar.
Mas o estômago saberá o que fazer.
O povo de Arte sabe.
E você?



Veja as matérias anteriores nos arquivos.
Criação, Edição e Atualização
Paulo Antonouza