15 de março de 2007
Ponto de Vista * - Educação Física
Educação Física (EF) para "educar" o corpo (estritamente biológico), correto?
Não, ou melhor, não no mundo em que vivemos hoje. Nos tempos de nossos bisavós, avós e/ou pais realmente a conotação era essa: higienizem os corpos, aliás, ditadura neles! – vale salientar que a EF, enquanto área do conhecimento, está atrelada às Ciências Biológicas e da Saúde.
Daí a confusão atual!
A compreensão do ser humano não pode mais ser aquela do físico e/ou mental, mas sim, da unidade. Desta maneira, não é oportuno se objetivar somente um de seus aspectos. Antes da especificidade da disciplina EF, os profissionais ministrantes da mesma são educadores (e não somente do físico) – o que não se pode esquecer. E o educador deve comprometer-se com a formação total/global dos discentes.
Como pode se ater, o educador, como querem alguns estudantes desavisados, aos movimentos físicos?
Mesmo estes são intencionais, não estão desconexos da unidade – SER HUMANO. Meu corpo é físico, mental, social, histórico, político...
Como poderíamos, então, ignorar discussões presentes aos "corpos" que auxiliamos no processo de educarem-se, tais como, "esportivização" das atividades corporais; influências da mídia sobre o corpo/imagem corporal; esquecimento de jogos e brincadeiras populares; reduzida cooperação entre as pessoas (principalmente em atividades corporais – inculcadas no pensamento "coletivo" enquanto necessariamente competitivas – afinal, o "mundo lá fora" é tão competitivo – e continua-se a reprodução/manutenção do sistema vigente. Socialismo? – das idéias e atitudes das pessoas, humanas, sim).
É necessário o rom-pi-men-to de paradigmas ("modelos" estabelecidos), às vezes radical, como o impedimento temporário da realização dos conteúdos tradicionais – futebol, vôlei.
Somos o país do futebol? E, agora, do vôlei? Mas, também somos o país dos jogos e brincadeiras populares, do samba, da capoeira, do maracatu, do frevo e demais movimentos culturais.
Se não atentarmos para a diversidade, para a adequação de conteúdos e posturas (utilizando principalmente os cooperativos), continuaremos a excluir a maior parte dos alunos das aulas de EF (concepções tradicionais satisfazem apenas a uma minoria, habilidosa (esportivamente falando), "sempre" favorecida).
Não temos e por obrigação moral não podemos compactuar com a idéia de uma EF segregadora, com uma educação para/do físico.
Somos, TODOS, muito mais que isso...
E esse muito mais deve ser buscado. A reflexão é necessária, assim como a busca por bons argumentos (o que difere de teimosia, contestação infundada). Senão, corremos o risco de aceitar tudo (e com certeza, isso sempre interessa a alguém).
Indignem-se, discentes!
Mas... Saibam OUVIR quando os argumentos utilizados aparentarem fazer algum sentido.
Prof. Fábio Mizuno leciona Educação Física na Escola Dinah.
Não, ou melhor, não no mundo em que vivemos hoje. Nos tempos de nossos bisavós, avós e/ou pais realmente a conotação era essa: higienizem os corpos, aliás, ditadura neles! – vale salientar que a EF, enquanto área do conhecimento, está atrelada às Ciências Biológicas e da Saúde.
Daí a confusão atual!
A compreensão do ser humano não pode mais ser aquela do físico e/ou mental, mas sim, da unidade. Desta maneira, não é oportuno se objetivar somente um de seus aspectos. Antes da especificidade da disciplina EF, os profissionais ministrantes da mesma são educadores (e não somente do físico) – o que não se pode esquecer. E o educador deve comprometer-se com a formação total/global dos discentes.
Como pode se ater, o educador, como querem alguns estudantes desavisados, aos movimentos físicos?
Mesmo estes são intencionais, não estão desconexos da unidade – SER HUMANO. Meu corpo é físico, mental, social, histórico, político...
Como poderíamos, então, ignorar discussões presentes aos "corpos" que auxiliamos no processo de educarem-se, tais como, "esportivização" das atividades corporais; influências da mídia sobre o corpo/imagem corporal; esquecimento de jogos e brincadeiras populares; reduzida cooperação entre as pessoas (principalmente em atividades corporais – inculcadas no pensamento "coletivo" enquanto necessariamente competitivas – afinal, o "mundo lá fora" é tão competitivo – e continua-se a reprodução/manutenção do sistema vigente. Socialismo? – das idéias e atitudes das pessoas, humanas, sim).
É necessário o rom-pi-men-to de paradigmas ("modelos" estabelecidos), às vezes radical, como o impedimento temporário da realização dos conteúdos tradicionais – futebol, vôlei.
Somos o país do futebol? E, agora, do vôlei? Mas, também somos o país dos jogos e brincadeiras populares, do samba, da capoeira, do maracatu, do frevo e demais movimentos culturais.
Se não atentarmos para a diversidade, para a adequação de conteúdos e posturas (utilizando principalmente os cooperativos), continuaremos a excluir a maior parte dos alunos das aulas de EF (concepções tradicionais satisfazem apenas a uma minoria, habilidosa (esportivamente falando), "sempre" favorecida).
Não temos e por obrigação moral não podemos compactuar com a idéia de uma EF segregadora, com uma educação para/do físico.
Somos, TODOS, muito mais que isso...
E esse muito mais deve ser buscado. A reflexão é necessária, assim como a busca por bons argumentos (o que difere de teimosia, contestação infundada). Senão, corremos o risco de aceitar tudo (e com certeza, isso sempre interessa a alguém).
Indignem-se, discentes!
Mas... Saibam OUVIR quando os argumentos utilizados aparentarem fazer algum sentido.
Prof. Fábio Mizuno leciona Educação Física na Escola Dinah.
* Adaptação de considerações inseridas em maio e junho de 2006 no tópico Educação Física do Fórum da Comunidade do Orkut – Escola Dinah, a Oficial – veja aqui.
Veja as matérias anteriores nos arquivos.
Criação, Edição e Atualização
Paulo Antonouza