<$BlogMetaData$>


         
Livro de Visitas        FALE CONOSCO!             Leitor(es) online                   Arquivos 2003

15 de março de 2007

 

Ponto de Vista * - Educação Física

Educação Física (EF) para "educar" o corpo (estritamente biológico), correto?
Não, ou melhor, não no mundo em que vivemos hoje. Nos tempos de nossos bisavós, avós e/ou pais realmente a conotação era essa: higienizem os corpos, aliás, ditadura neles! – vale salientar que a EF, enquanto área do conhecimento, está atrelada às Ciências Biológicas e da Saúde.
Daí a confusão atual!
A compreensão do ser humano não pode mais ser aquela do físico e/ou mental, mas sim, da unidade. Desta maneira, não é oportuno se objetivar somente um de seus aspectos. Antes da especificidade da disciplina EF, os profissionais ministrantes da mesma são educadores (e não somente do físico) – o que não se pode esquecer. E o educador deve comprometer-se com a formação total/global dos discentes.
Como pode se ater, o educador, como querem alguns estudantes desavisados, aos movimentos físicos?
Mesmo estes são intencionais, não estão desconexos da unidade – SER HUMANO. Meu corpo é físico, mental, social, histórico, político...
Como poderíamos, então, ignorar discussões presentes aos "corpos" que auxiliamos no processo de educarem-se, tais como, "esportivização" das atividades corporais; influências da mídia sobre o corpo/imagem corporal; esquecimento de jogos e brincadeiras populares; reduzida cooperação entre as pessoas (principalmente em atividades corporais – inculcadas no pensamento "coletivo" enquanto necessariamente competitivas – afinal, o "mundo lá fora" é tão competitivo – e continua-se a reprodução/manutenção do sistema vigente. Socialismo? – das idéias e atitudes das pessoas, humanas, sim).
É necessário o rom-pi-men-to de paradigmas ("modelos" estabelecidos), às vezes radical, como o impedimento temporário da realização dos conteúdos tradicionais – futebol, vôlei.
Somos o país do futebol? E, agora, do vôlei? Mas, também somos o país dos jogos e brincadeiras populares, do samba, da capoeira, do maracatu, do frevo e demais movimentos culturais.
Se não atentarmos para a diversidade, para a adequação de conteúdos e posturas (utilizando principalmente os cooperativos), continuaremos a excluir a maior parte dos alunos das aulas de EF (concepções tradicionais satisfazem apenas a uma minoria, habilidosa (esportivamente falando), "sempre" favorecida).
Não temos e por obrigação moral não podemos compactuar com a idéia de uma EF segregadora, com uma educação para/do físico.
Somos, TODOS, muito mais que isso...
E esse muito mais deve ser buscado. A reflexão é necessária, assim como a busca por bons argumentos (o que difere de teimosia, contestação infundada). Senão, corremos o risco de aceitar tudo (e com certeza, isso sempre interessa a alguém).


Indignem-se, discentes!
Mas... Saibam OUVIR quando os argumentos utilizados aparentarem fazer algum sentido.



Prof. Fábio Mizuno leciona Educação Física na Escola Dinah.



* Adaptação de considerações inseridas em maio e junho de 2006 no tópico Educação Física do Fórum da Comunidade do Orkut – Escola Dinah, a Oficialveja aqui.




Veja as matérias anteriores nos arquivos.
Criação, Edição e Atualização
Paulo Antonouza