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23 de abril de 2007

 

O Náilon e a Meia-Calça - Química

O Náilon é uma poliamida (polímero pertencente à função amida), obtida através da condensação do ácido adípido com a hexametilenodiamina. Apresenta alta resistência e é facilmente moldável. Tem larga aplicação na confecção de fibras têxteis, engrenagens, pulseiras de relógio, garrafas e linhas de pesca.

Mas, como surgiu o náilon? E qual sua relação com a meia calça?


Impulsionado pela vontade de criar um composto que reproduzisse as qualidades da seda o químico norte-americano Wallace Hume Carothers, passou quase uma década esquentando os neurônios em seu laboratório.
Em outubro de 1938, há quase 70 anos, aparecia o resultado: o NÁILON, plástico de versatilidade prodigiosa, que inaugurava a era dos polímeros sintéticos.
Verdadeiro ícone da modernidade na virada 30/40, o náilon provocou uma revolução polvorosa no mercado norte-americano, em especial entre as consumidoras de meias de seda.
No início do século XX as meias eram grossas e escuras, porém os vestidos eram compridos. Nos anos 20, as saias subiram e as pernas se tornaram o foco da atenção. Com isso, as meias passaram a ter maior importância e começaram a ser aperfeiçoadas. Elas deveriam valorizar as pernas femininas, embelezando e escondendo eventuais falhas.
Porém, as meias de seda, eram muito caras e poucos duráveis, além da sua falta de elasticidade. Esses problemas foram resolvidos com o surgimento do náilon.
Com o náilon, as meias passaram a ser elásticas, mais resistentes e puderam ser fabricadas em grandes quantidades, diminuindo o preço. O sucesso foi comprovado no lançamento das meias finas de náilon, em 15 de maio de 1940, data em que quatro milhões de pares de meias foram vendidas nos Estados Unidos. O triunfo da nova invenção resultou numa fabricação de náilon maior que a de aço.
Na década de 50, surgiram as meias-calças de náilon. A fibra tornou-as mais fáceis de usar e ainda mais populares.
Durante os anos 60 e 70, as meias calças, predominaram na moda feminina. Elas eram confeccionadas com fibras sintéticas, textura leve e macia, coloridas e podiam modelar e proteger as pernas ao mesmo tempo.
As décadas de 80 e 90 viveram o auge da tecnologia na produção das meias, cujo processo atual é automatizado. As últimas mudanças estão ligadas aos novos materiais, aos diversos níveis de transparência, cores, textura e tramas, e ao uso de enfeites, como bordados e pedras.
Além disso, a indústria das meias está produzindo modelos indicados também para outros fins, como para amenizar a barriguinha, aumentar ou modelar o bumbum, prevenir varizes e ajudar a combater a celulite.
Tudo isso graças ao poderoso náilon. Que além do uso têxtil, está presente em um número enorme de produtos: peças automotivas, componentes para aviação, revestimentos anticorrosivos, e muitos outros.
Assim, podemos verificar como uma descoberta pode modificar de alguma forma a vida da humanidade.



E nós mulheres podemos dizer: Viva o Náilon!!!



Prof. Mirela Mancini leciona Química na Escola Dinah.




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Criação, Edição e Atualização
Paulo Antonouza