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21 de maio de 2007

 

Pela Lente do Amor - Química

O ser humano sempre viveu em meio a injustiças, violências, miséria.
Estes não são "privilégios" dos nossos dias.
E o que faz as pessoas suportarem viver assim?
O que torna a vida tão bonita, tão desejada apesar disso tudo?
Não há a menor dúvida: É O AMOR...
Pela lente do amor as pessoas enxergam um mundo mais florido, repleto de possibilidades de dar certo. O amor é plenitude, é êxtase. Quando uma pessoa está amando ela se torna mais gentil, alegre, adquire um ar sonhador e vive rindo à toa.
O problema é que se o amor não for bem administrado, ele pode levar a pessoa a atitudes "quase" ridículas.


É justamente isso que tem feito muita gente resistir aos seus encantos. Há até as que o desprezam totalmente, por medo de se expor. Acham tudo muito embaraçoso e indesejável.
Afinal, uma pessoa que se dá o respeito não pode viver pelos cantos suspirando por alguém que a faz gaguejar e enrubescer quando está por perto.
Isso sem contar outros sintomas: mãos suando, coração "palpitando", respiração pesada, olhar perdido, tipo "peixe morto".


Muito constrangedor...
E se você é uma dessas pessoas certamente deve estar estranhando que um tema como esse seja abordado em QUÍMICA.
Afinal, o amor não tem nada a ver com química, certo?
ERRADÍSSIMO.
O AMOR É QUÍMICA e QUÍMICA É AMOR.
Todos os sintomas descritos acima são causados por um fluxo de substâncias químicas fabricadas no corpo da pessoa apaixonada.
Entre essas substâncias estão: FENILETILAMINA, EPINEFRINA, NOREPINEFRINA, DOPAMINA e SEROTONINA.


A ação de algumas delas é muito semelhante à ação dos narcóticos, o que se explica de certa forma a oscilação entre sentimentos contraditórios como EUFORIA e DEPRESSÃO, características comuns entre drogados e apaixonados.


A ciência ainda não sabe explicar o que desencadeia o processo químico da paixão, isto é, porque a Maria se apaixonou pelo José, se o João era mais bonito e tinha um salário melhor?
É que quando a Maria encontrou o José, seu corpo imediatamente começou a produzir feniletilamina, dando inicio ao delírio da paixão.
Mas, CUIDADO!!!
Como acontece com toda anfetamina, com o passar do tempo o organismo se acostuma e adquire resistência a essa substância. Passa a necessitar de doses cada vez maiores para provocar o frenesi do início.
Após três ou quatro anos o delírio que Maria sentia por José já se desfez por completo.
Neste estágio, tudo entre os amantes pode se acabar.
Se suportarem a falta de emoções intensas e decidirem continuar juntos, o cérebro passará a aumentar gradualmente a produção de endorfinas.
As endorfinas atuam como calmantes, são analgésicos naturais e proporcionam sentimentos de segurança, paz e tranqüilidade.
Quem diria, heim?
A diferença entre uma PAIXÃO TORRENCIAL e um AMOR MADURO é simplesmente uma questão de liberar a substância certa!


A oxitocina também desempenha um papel importante em nossa vida amorosa.
Trata-se de um hormônio produzido na hipófise (uma glândula situada no cérebro) cujas funções principais são: sensibilizar os nervos e simular contrações musculares.
A secreção de oxitocina é o que leva ao clímax no ato sexual.


É também, esse hormônio, que estimula as contrações uterinas da mulher durante o parto, leva à liberação de leite e parece que induz as mães a acariciarem e cheirarem seus bebês.

NÃO É UM AMOR?

(Baseado no texto "Pela lente do Amor" – Martha Reis – Química Integral)



Prof. Mirela Mancini leciona Química na Escola Dinah.





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Criação, Edição e Atualização
Paulo Antonouza