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3 de julho de 2007

 

Temas polêmicos - Português

Pedi aos alunos que se posicionassem na defesa, por meio de argumentos válidos, um ponto de vista em relação a questões controversas, como a prática do aborto, a legalização das drogras, a adoção da pena de morte, etc.
Por meio de textos específicos, procurei mostrar posições diferentes sobre cada assunto selecionado, de maneira que os alunos encontrassem base para seu trabalho.
O fundamental na discussão do que fazer diante de uma questão polêmica, é orientar sobre a importância de ponderar. Principalmente sobre a qualidade dos argumentos disponíveis, e sempre respeitando as perspectivas contrárias.
Selecionei entre as produções dos alunos do 2º Ano B do Ensino Médio, o texto de Aline Moreira Rocha.



Crime ou Direito?

Aborto: ação ou efeito de eliminar prematuramente do útero produto de concepção. Parece simples, mas não é. O aborto é um tema que há muito tempo vem causando discussão nos mais variados seguimentos da sociedade. Talvez nunca exista uma opinião geral a favor ou contra.
Mas, para essa situação, não há como definir a conduta de todas as pessoas. Não se pode tratar o aborto como um crime, como um assassinato. Também não pode ser tratado como solução para um ato irresponsável.
É necessário que haja uma lei mais flexível. A lei brasileira já permite o aborto no caso da gravidez por estupro e nos casos em que a mãe corre risco de vida. Isso não é suficiente. Não são apenas esses dois fatores que pesam quando uma mulher se decide pelo aborto. Há um leque de motivos: físicos, emocionais, sociais, que a influenciam nessa decisão.
O que vemos hoje são números alarmantes de mulheres (na sua maioria muito jovens), que morrem por conta de um aborto mal feito, ou por tomarem remédios nocivos. Primeiro é necessário mais firmeza e eficiência na conscientização da população, principalmente dos jovens, sobre métodos contraceptivos. Nas classes mais baixas da sociedade, o trabalho tem que ser ainda mais vigoroso, pois é onde os problemas são maiores.
Mais do que uma questão religiosa ou moral, o aborto é, antes de tudo, uma questão de saúde pública. As estatísticas estão aí para nos mostrar, diariamente, os números das conseqüências desse ato. Não adianta simplesmente dizer aos jovens que se mantenham virgens até o casamento, ou que as garotas de programa usem camisinha, muito menos impor à pessoas mais humildes, métodos contraceptivos. A situação é séria. Há que se conscientizar não só as mulheres, mas toda a população. O aborto não é um meio de controle de natalidade, nem de fertilidade, é antes, um ato de desespero e um pedido de socorro.

Aline Moreira Rocha



Prof. Carlos Batista leciona Português na Escola Dinah.




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Paulo Antonouza