3 de outubro de 2007
Infância Abandonada - Português
Através de análise de notícias em sala de aula, discutimos o texto “Sou filha de um pecado sem perdão”, retirado da Folha de São Paulo de 19 de fevereiro de 1998, que trata do abandono de crianças.
Essa notícia nos relata fatos acontecidos em São Paulo, entre 1825 e 1948, com “A roda dos expostos”.
A roda dos expostos, era um mecanismo de madeira que ficava em um muro de hospital, tendo um lado aberto para a rua e o outro lado para o pátio interno da instituição. Os pais que não queriam os filhos, fosse pôr falta de condições financeiras ou por gravidez indesejada (não se admitia na época, à mulher ter filho sem ser casada), levavam a criança até esta roda, tocavam um sino e giravam o cilindro. As freiras da Santa Casa cuidavam das crianças e as passavam para adoção. Muitas crianças morriam de desnutrição. As primeiras rodas surgiram na Europa para evitar que essas crianças abandonadas fossem atacadas por animais. Essas crianças quando chegavam nas Santas Casas eram registradas em livros e os bilhetes ou santinhos encontrados com elas, guardados, que estão hoje em museus. (saiba mais aqui)
Esse tema provocou interessantes discussões, pois estamos um século à frente desses costumes, e convivemos diariamente com o abandono de bebês, mas não temos mais a roda dos expostos.
Hoje as crianças abandonadas são jogadas em rios, lixos, terrenos baldios, etc.
E por quais motivos? Se nos dias atuais a mulher não sofre preconceito por ter filhos sem estar casada, se temos vários métodos de prevenção e projetos sociais que ajudam famílias desestruturadas financeiramente.
Chegamos então à conclusão: falta amor ao ser humano, respeito consigo mesmo e existe muita frieza de mães que conseguem jogar seus filhos como se fossem “um monte de lixo”.
Será que teremos que voltar à roda dos expostos para proteger crianças abandonadas por pais irresponsáveis?
Prof. Jussara Cerochi leciona Português na Escola Dinah.
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Criação, Edição e Atualização
Paulo Antonouza
