<$BlogMetaData$>


         
Livro de Visitas        FALE CONOSCO!             Leitor(es) online                   Arquivos 2003

7 de março de 2008

 

O Jornal que "assombra" a Arte

Quando o assunto é a Arte na escola, a coisa se complica (entenda).
Pensando em auxiliar a “leitura e escrita” dos alunos, a SEE lançou o jornal “São Paulo faz Escola”. Cheio de idéias, conceitos, e claro, já que ninguém é perfeito, com alguns defeitos... afinal... COM TODO MUNDO É ASSIM...
Não me atrevo a analisar ou avaliar o conteúdo e as propostas das outras disciplinas, mas a de Arte... francamente...
Depois da “euforia” inicial com o material, percebemos que a abordagem é superficial.
Se o professor e os alunos não estiverem dispostos, essas aulas serão só de leitura mecânica e aplicação de respostas às questões dos textos. Sabe aquelas aulas tipo apostila? Procure no texto a resposta tal...
Bom... para não ser do contra, pegamos (os alunos e eu) esse limão e estamos tentando fazer uma limonada. Mas é chato demais ter que espremer limão com tanta gabiroba por perto... (GABIROBA)
Nos últimos anos, temos desenvolvido nas aulas de Arte, através de leitura, escrita, desenho, pintura, dança, dramatizações, etc., temas como: racismo, preconceito, homossexualidade, prostituição, violência, bullying, nazismo, meio-ambiente, e muitos outros, em busca de uma aprendizagem significativa, pois, segundo Viktor Lowenfeld, “(...) a criação artística na escola está frequentemente distanciada do mundo real e interessa-se por questões afastadas de qualquer controvérsia, dos conflitos sociais, do idealismo e desejo de mudanças – e até do próprio jovem. Não há razão alguma pela qual não possamos oferecer um programa de arte que não só seja distinto em sua natureza, mas que também proporcione a base necessária para ajudar a satisfazer as necessidades desta idade e promover mais amplas possibilidades de contínuo desenvolvimento”. (essa citação saiu daqui)
Esses projetos são desenvolvidos sempre respeitando a intervenção e direcionamento que os estudantes consideram mais interessantes, afinal, o conhecimento é construído junto com eles.
O programa que desenvolvo para o Ensino Médio, que busca estimular a reflexão sobre quem somos e porque estamos aqui, está atrasado.
O motivo?
Alguém pensou que alunos do 2º Ano, por exemplo, gostariam mais de ler “pedaços” de peças teatrais (e discutir as impressões de outras pessoas sobre essas peças, baseando-se na leitura dos pedaços) ao invés do desafio em descobrir-se cidadãos críticos através da Arte.
Isso pra não falar da “jogação” de conteúdos e da falta de objetividade nas propostas da 8ª série e do 1º Ano... Porém... Estamos tentando fazer a tal limonada, mesmo mudando a receita que já veio pronta.
Por enquanto nos rendemos...
Porque uma tal “liberdade de cátedra” garante a autonomia do trabalho pedagógico, respeitando sim, as propostas do conteúdo programático.
"Nossa que arrogância... ele se acha o bom...", algum gaiato pode pensar...
Não... (já respondo por antecipação).
Bons, foram e são, os alunos e alunas que nos últimos anos vêm desenvolvendo um conteúdo significativo em Arte aqui na escola.
Aliás, bons não. Eles e Elas são Ótimos.
E pacientes.
Afinal... 29 de março está logo aí.

Conheça a Liberdade de Cátedra

Veja também, a proposta curricular da SEE



Prof. Paulo Antonini leciona Arte na Escola Dinah.




Veja as matérias anteriores nos arquivos.
Criação, Edição e Atualização
Paulo Antonouza