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11 de maio de 2009

 

Sincronia filosófica sociológica

Quanto mais a população mundial aumenta mais cresce sua própria banalização.
A perda da ética teológica pela descatolização da sociedade e não substituição pela ética racional acirrou a decadência moral da sociedade brasileira. Esta reflexão, objetiva ater-se nos quadros sociais brasileiros da atualidade e avaliar filosoficamente o desempenho de nossas instituições sociais enquanto suporte mantenedor das estruturas sociais de nosso país.
É notório a perda de qualidade do desempenho de nossas instituições profissionais mal preparadas e socialmente mal acostumadas graças à segurança que a estabilidade no emprego lhes garante. Corrupção no Judiciário, em associação com a “Ordem” dos advogados do Brasil e nos executivos e legislativos, etc.
A decadência é evidente, os reflexos se vêem no cenário social de forma generalizada, basta lançar um olhar sociológico para se ter uma sensação de estranhamento, seguido de uma insuportável insatisfação moral. As casas legislativas tornaram-se indústrias de lei em massa. De 5 de Outubro de 1988 até 5 de Outubro de 2008 foram editadas em torno de 3.800.000 normas jurídicas, uma média de 530 normas por dia. Já os romanos diziam que o mais corrupto dos estados é aquele que tem o maior numero de leis. Esse aparato judiciário tem como finalidade principal: facilitar as práticas de corrupção e assegurar às elites a posse das riquezas e poderes: político, econômico, social e até cultural através de meios de comunicação.
A utensilibilidade que os juízes fazem com os pobres deste país ao aplicarem as leis mal raciocinadas forçando-os a entrarem em processo de reificação. As Classes pobres do Brasil são discriminadas a priori, obrigadas a viverem gregarizadas, criando para si foro íntimo, refugiando-se das opressões elitistas. As classes pobres vão se tornando hedonistas em meio a um cenário de consumismo freqüentemente acompanhado de preguiça racional, ética e moral.
As excessivas instituições religiosas em nome da “liberdade” de credos agem conscientemente em benefício do governo e das elites ao cultivar a alienação e o comodismo, parceiros da preguiça, tornando-se uma heterogenia social.
É cômodo optar pela fé e falácias da revelação, porque assim, não se sente coagido a estudar, raciocinar, adquirir competências e habilidades experimentais, científicas e tecnológicas. Aquisição do uso da razão exige trabalho educacional que leva as pessoas ao conhecimento, possibilitando-os a agir conscientemente. A salvação verdadeira, real concreta, e materializada só pode vir da educação humanista, científica e tecnológica.
A angústia social é visível, nessa ambigüidade que se vê entre o empirismo darwinista e o desejo metafísico advindo das religiões.
A antimonia das leis deixa claro que a violência é conseqüência da opressão das leis. Quantas separações matrimoniais, quantas crianças sem a companhia dos pais, quantas agressões, um cenário infernal.
A derelição social clama pela educação séria e pela salvação que só ela pode concretizar.
A mistificação e desmistificação dialeticamente praticadas pelos meios de comunicação de massa alimentam a alienação social. O cotidiano sentimento de culpabilidade a que os pobres são submetidos não lhes deixa espaço para fuga.
O futuro terá que acontecer mesmo que seja contingente. Enquanto isso não acontece, continuamos à mercê da especulações vindas dos judiciários, da OAB, dos legislativos e executivos, das incontáveis igrejas e das polícias que cada dia aumentam mais em quantidade e diminuem em qualidade.
Continuamos vítimas das indústrias de multas e das bandas podres de nossas instituições. Somos reféns dentro de nossa própria pátria. Vítimas do direito positivo , só nos resta tornarmos dionisíacos, esperando a vida passar, felicidade para os pobres é utopia.
Ó existência!
Paciência.


Prof. Nércio Martins leciona Filosofia na Escola Dinah.




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Paulo Antonouza