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7 de maio de 2007

 

ANALOGIAS - Geografia

O PÊNALTI OU O INSTANTE FATAL
Millor Fernandes

Há tempos, lendo artigo do jornalista esportivo francês Christophe Barbier, narrando o momento decisivo da cobrança de um pênalti, resolvi produzir minha própria interpretação.
O pênalti é sem dúvida um dos momentos mais dramáticos - não raro cômicos - do esporte antigamente bretão.
Cantada em prosa e verso, e filme, a angústia do goleiro no momento da cobrança de um pênalti não é segredo pra ninguém. Mas engolir um pênalti é o esperado. Se a bola atravessa a linha fatal ninguém culpa o goleiro, desde que a torcida sinta que ele se esforçou. Seu esforço é sempre visível e muitas vezes aplaudível, mesmo quando não consegue evitar o tento. E se a bola vai pro espaço, ou bate numa das traves, a galera aplaudirá sua sorte, sinal do além que distingue os grandes defensores das redes esportivas. E se, mais que isso, ele detém a bola, defende o pênalti, é um Hércules, um Deus do esporte, um milagre.
O artilheiro tem todo outro destino.
Marcar um pênalti não é mais do que sua obrigação.
No futebol marcar gol de pênalti é quase o mínimo exigido pela confederação pro atleta ser considerado um profissional. Falhar, ao contrário, significa que não merece o salário que ganha, o pão que come (hoje em dia os milhões que lava). Um avante que perde um gol feito é um fracasso, o que perde um pênalti é um traidor do clube (se não da pátria).


Arrisca a vergonha, a punição das ofensas na rua, até agressões físicas. Daí a angústia do artilheiro na hora da cobrança do pênalti ser bem maior do que a do goleiro.
A dúvida metafísica - à direita ou à esquerda? Com violência ou na malandragem? De bico ou de lado? Examina com exatidão o jeito de colocação do goleiro ou usa seu melhor estilo, sua intuição, e seja o que Deus quiser?

Mas há a alternativa inevitável - chutar raspando bem abaixo da trave superior ou visar um dos extremos laterais? Mas raspar bem abaixo da trave superior significa a possibilidade muito mais ampla de raspar acima, e o extremo lateral de dentro não raro se torna o extremo de fora.
E como, quase sempre, o goleiro se prepara pra saltar pra um dos lados, certos cobradores visam exatamente o meio do alvo. É assim que muitos goleiros, petrificados pelo medo em sua posição, se tornaram gloriosos simplesmente porque receberam uma bola em pleno peito.
Variação do herói que defende a pátria oferecendo o peito a uma bala.
E sobrevive
.


Agora... compare os fatos que tem acontecido ultimamente em nossa sociedade e que a cada dia são melhor apresentados à toda a população (ou nem sempre) e leia novamente o texto...



Prof. Zezinho Candioti leciona Geografia na Escola Dinah.






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Paulo Antonouza