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29 de novembro de 2007

 

Ensino de Qualidade - Matemática

O ano letivo está quase acabando e com ele as preocupações aumentam: trabalhos a serem entregues, provas a serem feitas, apresentação da Feira de Leitura (06/12), recuperação para os “atrasados”, enfim como é de praxe em todo final de ano em uma escola.
Mas, também é chegada a hora de fazermos uma retrospectiva que nos deixa muito orgulhosos.
Uma grande ação desenvolvida ao longo do ano foi a preparação e a participação dos nossos alunos dos ensinos fundamental e médio em olimpíadas na área de Exatas, com destaque para o aluno do 2º B, Rodolfo Favoretto Rissardi, que desde 2005 vem se sobressaindo nessas competições:


Junho de 2006 – Menção honrosa – 1ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP – 2005);
Dezembro de 2006 – Medalha de 2º lugar na 14ª Olimpíada Regional de Matemática da UNESP – Bauru (ORMUB);
Maio de 2007 – Menção Honrosa – 2ª Olimpíada Brasileira de Escolas Públicas (OBMEP – 2006);
Setembro de 2007 – Premiação pelo melhor desempenho dentre os alunos da Escola Professora Dinah Lúcia Balestrero na (III OMQF), organizada pelo III Olimpíada de Matemática, Química e FísicaCentro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC – USP – São Carlos);
Novembro de 2007 – Medalha de Ouro – Olimpíada de Física (OBF), organizada pela Sociedade Brasileira de Física (USP – São Carlos) - CONFIRA;
Dezembro de 2007 – Medalha de 2º lugar na 15ª Olimpíada Regional de Matemática da UNESP – Bauru (ORMUB) - CLASSIFICAÇÃO.


Gostaria de deixar aqui também os Parabéns a todos os alunos que participaram destas competições e lembrar, que TODOS VOCÊS TÊM POTENCIAL para conquistar seu espaço.

BASTA ACREDITAR E SE ESFORÇAR!

Para o próximo ano, contamos novamente com a participação de todos!



Prof. Robson Alves leciona Matemática e Física na Escola Dinah.



28 de novembro de 2007

 

QUEM É ESSE BEBÊ? - promoção

A promoção “Quem é esse bebê” termina no dia 06 de dezembro.


Somente as CARTELAS devolvidas até o dia 05 de dezembro concorrerão.
As cartelas podem ser adquiridas com as Professoras Mirela, Juliana e Débora, nos três períodos escolares.


O objetivo é relacionar o maior número possível de professores adultos e suas fotos de bebê.


Professores e Funcionários NÃO PODEM PARTICIPAR.



ORIENTE-SE PELO QUADRO FIXADO NO PÁTIO DA ESCOLA



27 de novembro de 2007

 

Simplesmente Amor... - Português



Durante as aulas de leitura desse ano de 2007 os alunos dos 1º Anos A e B do Ensino Médio, trabalharam com o tema AMOR.
O tema foi desenvolvido através de textos de diferentes gêneros e em diversos contextos, sempre culminando em produções muito críticas e criativas, como teatros, canções, poemas, artigo de opinião, etc.
Nesse quarto bimestre os alunos acima referidos, fizeram a leitura e análise de vários textos de Vínicius de Moraes. (conheça o poeta)



Dentre os textos trabalhados em sala de aula destacam-se: Soneto de Fidelidade, Soneto de Separação, Soneto do Amor Total, Ausência, Eu não existo sem você, Minha Namorada.
Após a leitura e análise dos textos, os alunos foram convidados a escolher um deles (o qual mais gostaram), e a partir do mesmo elaborar uma resposta para o eu-lírico de forma poética.



TODOS ficaram ÓTIMOS, tanto que foi até difícil selecionar um para colocarmos na página do blog, mas depois de lermos e relermos as produções, optamos pelo texto dos alunos Aline Azevedo, Aryane Santos, Carlos Alberto Giffú e Rosa Matos do 1º A, que teve como ponto de partida Minha Namorada, composição de Vinicius de Moraes e Carlos Lyra (texto original).


ETERNA NAMORADA
Aline, Aryane, Carlos Alberto e Rosa

Quero ser sua namorada
mas somente sua,
que mais ninguém poderá ter.
Vou te fazer o juramento
será só seu meu pensamento
e serei tua até morrer!
Não vou perder o meu jeitinho
de falar no seu ouvido, bem devagarzinho,
as minhas histórias pra você.
Vou te fazer muito carinho,
e de manhã chorar de mansinho
sem ninguém saber por quê.
Quero ser mais do que sua namorada.
Quero ser sua amada!
Sua amada predestinada
Que sem a qual sua vida não é nada!
Vou contigo em seu caminho,
e talvez ele seja triste pra mim...
mas meu conforto serão seus olhos
que brilharão até a última estrela derradeira,
e então, serei sua amiga e companheira
no infinito de nós dois...


Termino a matéria, ainda citando o poeta, que em sua infinita arte de falar com o coração, nos deixa uma dica:



"Amar, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido". - Vinícius de Moraes.



Prof. Juliana Gastaldi leciona Português na Escola Dinah.



 

SARESP 2007



28 de novembro, quarta-feira:

Língua Portuguesa e Redação

29 de novembro, quinta-feira:

Matemática e questionário



Mais informações aqui.



26 de novembro de 2007

 

O NÃO! - municipalização

Hoje às 11h30 minutos, na Escola Dinah, tivemos uma reunião com a presença de TODA A EQUIPE DINAH, o SENHOR PREFEITO, o vereador WALDIR SGORLON e a RÁDIO BROTENSE, representada pelo repórter Jeferson Freitas.
Ao iniciar a reunião, com a palavra, o Senhor Prefeito leu o e-mail abaixo (publicado em sua íntegra), que foi encaminhado à Secretaria da Educação, onde o mesmo solicita o CANCELAMENTO do pedido de municipalização da Escola Sinhá, tendo em vista os impactos que essa medida causaria em todo o ensino da cidade de Brotas.


Prefeitura Municipal de Brotas, em 26 de novembro de 2007.

A Sua Excelência a Senhora
MARIA HELENA GUIMARÃES DE CASTRO
DD. Secretária de Estado da Educação
São Paulo – SP

A/C SENHOR BENE MASCARENHAS
ASSESSOR PARLAMENTAR

Senhora Secretária,

Com nossos cumprimentos, esse gabinete solicitou através de Ofício nº 1.336/07/GP-PMP, de 17 de outubro de 2007, a municipalização da Escola Estadual “Dona Izabel Silveira Mello Soares” (Dª Sinhá).
Ocorre que nos últimos dias, chegaram informações que tal medida impactaria a Escola Estadual “Profª. Dinah Lucia Balestrero” com relação à situação funcional de todo o quadro de professores.
Diante desse fato novo, e como a Escola Estadual “Profª Dinah Lucia Balestrero”, apresenta um ótimo desempenho, o município deixa de ter interesse, no momento, com relação à municipalização da Escola “Dª Sinhá”.
Outrossim, reforçamos que a Secretaria Estadual de Educação ultime providências com relação a uma reorganização administrativa e pedagógica à Escola Dª Sinhá, porque se faz necessária.
Certos de podermos contar com a costumeira atenção de Vossa Excelência no assunto em questão, antecipamos agradecimentos.
Respeitosamente,

ORLANDO PEREIRA BARRETO NETO
Prefeito Municipal de Brotas/SP


A EQUIPE DINAH agradece a todos que de uma forma ou outra, se manifestaram juntamente conosco nessa luta, principalmente os ALUNOS, PAIS e a COMUNIDADE em geral, incluídas nesta os VEREADORES, assim como, a imprensa, que acompanhou os momentos finais desse encontro, ouvindo tanto a Escola quanto a Prefeitura.
Agradecemos também, o RESPEITO E CONSIDERAÇÃO demonstrados pelo SENHOR PREFEITO, frente ao comprometimento dessa EQUIPE com a EDUCAÇÃO DE BROTAS.


NOSSO MUITO OBRIGADO,
SEMPRE!



Escola Dinah: a equipe que faz a diferença.



 

MANIFESTO PÚBLICO -municipalização

Nós da Escola Dinah, acreditamos na QUALIDADE DE ENSINO.
Nós da Escola Dinah, queremos sim, que o município tenha resolvidos todos os seus problemas sociais, culturais ou sejam quais forem.
Nós da Escola Dinah, concordamos que às vezes, medidas urgentes devem ser tomadas.
Nós da Escola Dinah, ACREDITAMOS EM OUVIR O OUTRO.
Nós da Escola Dinah, RESPEITAMOS O NOSSO PRÓXIMO.
Nós da Escola Dinah, LOUVAMOS A DEMOCRACIA.
Por essa razão, lançamos esse manifesto.
Não somos contrários às medidas que se julgam necessárias para a melhoria de qualquer estabelecimento de ensino, e nem da qualidade da educação.
Não temos base e nem direito, para avaliar qualidade ou comprometimento de qualquer pessoa em relação ao seu entorno.
O que podemos fazer, e fazemos de CABEÇA ERGUIDA e com a consciência de que merecemos RESPEITO por isso, é tornar pública a QUALIDADE QUE OFERECEMOS AQUI, na ESCOLA DINAH.
Dados do PISA, um dos órgãos mais importantes e menos apresentados à população brasileira, de análise do desenvolvimento educacional nos países, demonstram que a credibilidade e a qualidade do ensino, dependem da relação entre os profissionais e os alunos das unidades escolares.
Nossa Escola têm portas sem maçanetas sim, riscos nas carteiras e pequenas pichações com corretivo em vidros e paredes. Precisamos trocar o piso, temos goteiras, o mato cresce sempre que chove e uma pintura nova é sempre bem-vinda.
Porém, não somos TOLOS a ponto de achar que esses detalhes, e são insignificantes acreditem, atrapalham a qualidade do trabalho que podemos realizar.
Como funcionários públicos, poderíamos reclamar ou fazer o mínimo. Entretanto, não é o que acontece.
LUTAMOS pelo que ACREDITAMOS.
E acreditamos que TODAS AS PESSOAS podem melhorar, contribuir com mudanças positivas para o mundo e ter suas opiniões ouvidas e respeitadas.
INCENTIVAMOS nossos estudantes a buscar SEMPRE MAIS!
Trocamos experiências com os responsáveis, e muitas vezes, assumimos responsabilidades que não dizem respeito ao professor enquanto profissional, e sim a um educador. Pois é isso que SOMOS.
EDUCADORES.
Uma EQUIPE DE EDUCADORES dedicada e comprometida com a ESCOLA DINAH e o futuro dos jovens de Brotas.
A continuidade dos professores desta escola, dos quais, 33 são efetivos – ou seja, passaram em concursos públicos ESTADUAIS, e escolheram ENTRE OUTRAS CIDADES E ESCOLAS, ESTA ESCOLA DINAH, mostram o respeito que temos pelo que fazemos.
Os baixos índices de falta no quadro docente, reforçam essa situação.
As capacitações constantes, especializações, pesquisas acadêmicas que desenvolvemos, mostram também nossa procura em sempre aprender mais.
Tudo para desenvolver com os alunos, melhores resultados, como os que listamos abaixo e que podem ser TODOS conferidos, nos arquivos do blog da escola:

• Em 1999, 2003 e 2006, três das quatro vezes que o município participou do Projeto Parlamento Jovem, a Escola Dinah teve jovens deputados representando o ensino do município.
• Nos três últimos anos, o esporte também têm sido representado pelos alunos da Escola Dinah, seja através dos esportes de aventura ou nos escolares, sempre com resultados positivos e gratificantes para o município.
• Em 2004 e 2005, as avaliações promovidas pelo SARESP mostraram resultados positivos e na média do restante do estado, para os alunos desta escola
• Desde 2004, a Escola Dinah participa com méritos, dos concursos de redação promovidos pela EPTV.
• Entre 2004 e 2006, trinta e quatro alunos da escola foram aprovados e estão cursando a universidade, sendo que dois em unidades públicas (USP e UNESP).
• Em 2005, a Escola Dinah foi comendada pela Liga do Professorado Católico, vinculada à Fundação Anchieta, pela qualidade do trabalho que desenvolve.
• Em 2005 e 2006 – quando participamos do concurso Anchieta, com poesias e desenhos, fomos premiados.
• Em 2005 e 2006, os alunos experimentaram o que é ser representados politicamente por seus pares, quando elegeram uma diretoria do Grêmio Estudantil que lutou pelos direitos de todos, inclusive no que diz respeito à merenda escolar do ensino noturno. Também graças ao trabalho DESTE GRÊMIO ESTUDANTIL, a Escola Dinha recebeu o selo de ESCOLA SOLIDÁRIA, reconhecido pelo Ministério da Educação, a UNESCO e a ONU, entre outros.
• Em 2005 e 2006, alunos receberam menções honrosas além de uma bolsa de estudos da CNPQ, nas Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas.
• Em 2006, dois alunos receberam menção honrosa no concurso Brasil de desenho e pintura.
• Em 2006 e 2007, desde que participamos, temos tido alunos selecionados no concurso Centrovias.
• Em 2007, um grupo de alunas chegou à última fase, recebendo menção honrosa, nas Olimpíadas Brasileiras de Química.
• Em 2007, um aluno recebeu a medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Física.
• Nos dois últimos anos, as notas do ENEM dos alunos do 3º Ano, têm ficado acima da média esperada pelo estado.
• A participação dos estudantes DESTA ESCOLA em todas as ações promovidas pelo município, seja na discussão do Plano Diretor, nas exibições do CINEMA ITINERANTE ou no recente ECO ESPORTES, é plena de envolvimento, respeito e dedicação.
• O Meio Ambiente, a Diversidade e a Qualidade, não são assuntos esporádicos ou que recebem atenção da equipe escolar apenas em datas comemorativas. São presentes no dia a dia. E têm significado.
• Durante a “Semana do Meio Ambiente”, promovida por órgãos municipais no primeiro semestre deste ano, a participação da Escola Dinah foi voluntária, organizada, respeitosa e mesmo tendo “perdido” a “gincana”, a qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos, é inquestionável.
• O nome da Escola Dinah e de Brotas, têm sido levados além dos limites do município por professores DESTA ESCOLA, através da participação de congressos educacionais, envolvendo a organização estudantil, o protagonismo juvenil e o desenvolvimento da sensibilidade em relação ao meio ambiente e ao esporte de aventura.
• Enquanto existiu NESTA ESCOLA o programa Escola da Família, alunos de todo o município, e não apenas do entorno ou nossos estudantes, participavam das ações desenvolvidas.
• A ESCOLA DINAH foi a primeira DA REGIÃO a trabalhar concretamente e com resultados, o tema BULLYING, dando aos alunos a motivação para resolver as situações, identificar o fenômeno e trabalhar o respeito com o outro e entre todos, valorizando a afetividade.
• As festas e confraternizações promovidas para aproximar a Escola e a Comunidade, são sempre ambiente de união, respeito e resgate de valores sociais e culturais.
• Os alunos e profissionais que deixam essa unidade de ensino lamentam o fato de terem que partir, e sempre mandam lembranças e palavras de apreço por seu tempo passado entre nós.
• Atualmente, estudantes do curso de Letras, da Faculdade Metodista de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, estão desenvolvendo um artigo acadêmico sobre esta escola, baseado nos registros do blog.
• Esta escola é uma das primeiras e a ÚNICA no Brasil, a manter um blog onde valorizamos o aluno e a qualidade do trabalho existente nas instituições públicas, atualizado ininterruptamente desde sua criação em 2003.

Tudo isso se resume a uma palavra: COMPROMETIMENTO.
Nós realmente VESTIMOS A CAMISA DA ESCOLA. E incentivamos os estudantes a FAZER O MESMO.
Tudo isso está ameaçado com a municipalização.
Com a municipalização, TODOS OS PROFESSORES ESTADUAIS do município serão transferidos automaticamente para esta escola. E mesmo NÃO EXISTINDO CARGOS LIVRES, uma nova lista será feita e 60% dos integrantes do quadro de professores da Escola Dinah, terá que procurar um cargo (perdendo o direito ao que escolheram em seu município, mediante concursos) em outra cidade ou diretoria de ensino.
A equipe responsável pela QUALIDADE DA EDUCAÇÃO será desmanchada.
Além disso, há também a questão pessoal, pois antes de profissionais, somos PESSOAS.
Pessoas que acreditando estar em segurança, constituíram família, assumiram dívidas neste município e pensando no futuro, esperam filhos para o ano que vem.
Os três professores cujas esposas estão grávidas, TODOS EFETIVOS, terão que DEIXAR A ESCOLA E O MUNICÍPIO.
A toda essa carga de sentimentos, os estudantes não ficam isentos. Pois também SÃO PESSOAS.
Que criaram vínculos afetivos com aqueles que muitas vezes, representam PAIS ou MÃES para eles, afinal, também é na escola pública que nossos filhos estudam, assim como os seus. E só.
Nossa Escola Dinah, que por tantos anos ajudou a formar os CIDADÃOS BROTENSES, que orgulha-se em ter ex-alunos nos mais variados cargos e profissões, que sempre pensou no outro não como um pagador de impostos, mas em um SER HUMANO com sentimentos e direitos, que sente-se orgulhosa de levar o nome de uma educadora, que mesmo deficiente física, primou em seus melhores anos pela qualidade de ensino, mesmo com tudo isso, nossa Escola Dinah, enquanto EQUIPE, se vê desrespeitada. Ignorada. Tratada como uma grande CAIXA, onde o que não cabe mais, seja bom ou não, é descartado.
Essa é a situação em que nos encontramos.
E mesmo com tudo isso, MANTEMOS FIRME NOSSA DEDICAÇÃO.
Mesmo sabendo que seremos possivelmente desmantelados, MANTEMOS A QUALIDADE DAQUILO QUE NOS PROPOMOS.
Mesmo sofrendo por antecipação, pela maneira como fomos tratados, TENTAMOS MANTER-NOS ESPERANÇOSOS.
É só isso.
A EQUIPE DA ESCOLA DINAH, lamenta.
Lamenta que TUDO AQUILO PELO QUE LUTAMOS, PELO QUE SONHAMOS E O QUE CONSTRUÍMOS, não tenha valor para mais ninguém.
Além de nós mesmos.





Escola Dinah: a equipe que faz a diferença



22 de novembro de 2007

 

CARTA ABERTA - municipalização

Estamos sob uma sombra que vem não apenas dificultar o trabalho pedagógico que desenvolvemos, mas também a estrutura afetiva e pessoal que temos construído ao longo dos últimos anos, quando a partir de uma decisão conjunta, TODOS OS PROFESSORES, assumiram para si a responsabilidade pela excelência e qualidade do ensino oferecido nesta escola em específico.
A Escola Estadual Professora Dinah Lúcia Balestrero, atualmente tem em seu quadro, cerca de 1.200 alunos do ensino fundamental e médio, e 45 professores em atividade (sendo que a maior parte, de efetivos).
Nos últimos cinco anos, tivemos quatro diretores diferentes, que enquanto pessoas e profissionais, tiveram e/ou têm, metas e objetivos específicos de atuação. Durante esse tempo, passamos também, por momentos difíceis, não apenas disciplinares, mas no direcionamento de nossa prática pedagógica, que por vezes parecia perdida ante às mudanças que invariavelmente, cada nova administração tentava introduzir.
Todas essas variáveis, cansativas e desestimulantes (para alunos, funcionários e professores), acabaram deixando de ser problema, quando a equipe de educadores estabeleceu metas de trabalho e comprometeu-se a desenvolver uma educação de qualidade na escola.
É comum nesta escola, encontrar professores e professoras fora de seu horário de aula, envolvidos em projetos pedagógicos, com alunos e alunas colaborando e participando desses trabalhos. Também é frequente, os professores que cedem seu tempo para ministrar aulas particulares (gratuitamente, em seus horários livres), para estudantes que buscam mais informações ou mais saberes na intenção de prestar o vestibular.
Finais de semanas, feriados e noites e dias em que poderíamos estar em casa, são constantemente trocados pelo comprometimento em promover a verdadeira educação (sejam esses projetos, municipais, federais, estaduais ou particulares).
Jamais houve troca de favores, pedido de reconhecimento ou ditos de quem faz mais ou menos. Os educadores, as pessoas, fazem por um bem comum. Não apenas pessoal, mas principalmente, em função dos outros. No caso, nossos alunos.
Todas essas ações têm demonstrado resultados positivos. Os alunos comparecem às aulas, participam das avaliações e provas, os pais e responsáveis vêem motivos para estar presentes, e recentemente, o interesse pelo vestibular vem aumentando, principalmente no que diz respeito às instituições públicas (nos últimos dois anos, tivemos dois alunos aprovados. Um na USP e outro na UNESP. E nossas perspectivas são as melhores).
Independente disso, a afetividade e as relações quase familiares que desenvolvemos uns com os outros durante nosso trabalho, também são laços que fortalecem todo o conjunto de ações praticadas. As relações são positivas, humanas e de união. Nos horários de intervalo, ou entre os períodos, as pessoas conversam sobre a vida e assuntos diversos. Não há a lendária lenga-lenga contra os alunos ou o sistema, e nem o ambiente de venda de coisas ou de humores ruins. Há sim, um clima de convivência fraterna.
A grande maioria dos professores desta escola, está aqui há mais de três anos. E os que chegam assumindo cargos VAGOS – sejam eventuais ou novos integrantes do quadro, são bem-vindos e logo tornam-se parte da equipe, vestindo realmente a camisa da escola.
Nesta escola, os alunos conhecem a história de sua patrona, compreendem as ações desenvolvidas nos projetos, e acreditam que os objetivos de seus professores, são os de que realmente aprendam, ensinem e sejam colaboradores da formação desenvolvida durante o tempo que passam aqui.
As lembranças são muitas, e de grande significado para todos.
Queremos demonstrar, com tudo isso, o sentimento que nos aflige tanto, com a possível municipalização do ensino fundamental em nossa cidade.
Será o fim da equipe.
Nos reunimos recentemente com o prefeito municipal e com uma supervisora de ensino, e apesar da conversa ter sido até certo ponto, aberta, muitas dúvidas ficaram.
A principal é a que nos atinge especificamente enquanto grupo.
Não um grupo de comadres e compadres, e sim, de um grupo de educadores interessados. Disposto a doar-se e a continuar o trabalho que desenvolvemos.
Se os mais variados estudos da área de educação, demonstram que as políticas educacionais que realmente funcionam são aquelas onde a equipe é forte e dedicada, como é que podemos nos sentir seguros, se a possível municipalização poderá desmembrar esse quadro de profissionais, colocando em seus lugares – lugares adquiridos em concursos públicos – outros que não têm comprometimento com nossa história?
Como é possível que as famílias e os alunos sintam-se seguros ao se ver – de repente, separados dos profissionais em quem aprenderam a confiar, os verdadeiros responsáveis pelas mudanças significativas da qualidade DESTE ESPAÇO ESCOLAR?
Temos muitas dúvidas. E decidimos repartí-las com vocês, que visitam nosso blog.
Entretanto, a principal dúvida é esta: o que acontecerá com ESTA EQUIPE quando a municipalização fatalmente alcançar o município? Os educadores que compõem a Equipe Dinah, que se dedicam e comprometem, que construíram sonhos (inclusive na perspectiva de ter suas famílias aumentadas), serão simplesmente postos para escanteio?
Toda a dedicação, empenho, raça e credibilidade construída nos últimos anos (e que podem ser conferidas nos arquivos aqui do blog - pois não estamos jogando palavras ao vento, desde o ano de 2003), serão realmente ignoradas?
Não temos a intenção de promover atos rebeldes ou nada do tipo, apenas queremos acreditar, continuar acreditando, que a preocupação com a qualidade de ensino não é maquinária, sejam esses interesses de quem for.
E participar à nossa comunidade (real e virtual), as circunstâncias pelas quais estamos passando...
Pois como já disse Paulo Freire: "Me movo como educador, porque primeiro me movo como gente".

Escola Dinah: a equipe que faz a diferença



 

Municipalização - o grande senão...



No Caminho, com Maiakóvski
Eduardo Alves da Costa

Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.

Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.

Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas ao tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.

E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!



Escola Dinah: a equipe que faz a diferença




21 de novembro de 2007

 

Cultura Afro-Brasileira - História

A cultura africana agora faz parte do currículo.
Cumprindo as determinações da Lei Federal 10.639/03, (veja aqui) a qual torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, com o objetivo de estimular os alunos a repensarem a história do negro e identificar as diferentes formas de preconceito, as 8ª séries e os 1º anos do ensino médio assistiram ao filme “Quanto vale ou é por quilo?” com direção de Sérgio Bianchi. (visite o site oficial)
O filme traça um paralelo entre a vida no período da escravidão e a sociedade brasileira contemporânea, focalizando as semelhanças existentes no contexto social e econômico das duas épocas.
"(...) Quem será perfeito? Até agora eu não achei! Isso é a prova que todos são diferentes, e todos têm preconceito ao próximo. Mas nós só enxergamos o defeito do outro, o nosso, nunca!" - Osmarina Madonna da Silva, 8B.
Trabalharam também a redação da Prova do Enem 2007, com o tema “o desafio de se
conviver com a diferença” e um texto do Saresp 2004, “Retrato falado do Brasil” de Sergio Abranches, que trata da desigualdade racial no Brasil, mostrando que a sociedade não quer enxergar a discriminação racial por achar que esse “problema” pertence ao negro.
"Negros, brancos, amarelos, pessoas de todas as crenças. Somos todos iguais, mas todos temos diferenças. Cultura contra cultura. Não julgue pra não ser julgado. Ninguém sabe o amanhã, ninguém sabe o certo e o errado (...)" - Bárbara Caroline Silva da Costa, 8C.
Os trabalhos foram desenvolvidos através de redações, poesias, relatórios sobre o filme, desenhos e colagens.
O material resultante ficou excelente. Aqui vai uma pequena amostra:



Igual ou diferente
Renata Aguilar – 8ª C

É difícil saber se os julgamentos surgem por sermos todos iguais, ou por sermos todos diferentes. Ser diferente às vezes é muito complexo, insuficiente. Independente de qual seja a característica que te faz diferente dos outros, ela pode não ser o bastante para ser aceitável. Da mesma forma, ser igual aos outros não te destaca, e isso com certeza é uma das dificuldades da sociedade.
Ser diferente em sua cor ou nacionalidade, língua ou religião, aparência ou personalidade, isso não o torna menor. Temos que refletir sobre o problema, e não o problema da diferença em si, mas ao ser discriminado de alguma forma, esse alguém deve pensar se o problema encontra-se nele ou na sociedade que o julga intolerantemente?
É visível e incontestável que não somos iguais uns aos outros, mais ainda não é totalmente aceitável. Ser diferente não é crime, portanto, não tenha medo de ser. Com essa sua coragem podemos fazer com que a sociedade compreenda que a grande maravilha está em, justamente, sermos todos diferentes.


Todas as cores
Ana Beatriz Dias – 1º C

Todos os tipos
Correndo atrás
Pra serem iguais
São bilhões de olhos
Alguns verdes
Alguns azuis
E alguns pretos
Mas fechados
São todos iguais
Todos a bordo
Da mesma nave
Dando na mesma velocidade
Voltas no rei Sol.



Prof Miriam Correa leciona História na Escola Dinah



20 de novembro de 2007

 

Dia da Consciência Negra

Produção da aluna Daiane Andressa Carneiro, do 2º Ano C do Ensino Médio, após trabalho desenvolvido nas aulas de História, da professora Geralda, sobre Zumbi dos Palmares.


Diferenças tão comuns

Escravidão, um sofrimento intenso
O ser humano tratado como nada,
Pela simples diferença da cor,
Numa guerra inacabada.

Zumbi foi líder e lutou pela liberdade,
Não desistiu e enfrentou problemas intermináveis,
Com coragem, persistência e sabedoria,
Criou o Quilombo dos Palmares.

Guerra, fogo, morte e violência.
Perseguição, sangue, preconceito e imoralidade.
Zumbi viveu pelo seu objetivo,
Na esperança da tão sonhada igualdade.

No mundo atual, o preconceito é constante.
O ser diferente do comum, incomoda.
Mas é necessário ser consciente
De que cada diferença é importante.



Daiane Carneiro é aluna da Escola Dinah.



19 de novembro de 2007

 

Eco Esportes - registro fotográfico










Escola Dinah, o endereço da educação em Brotas.




Veja as matérias anteriores nos arquivos.
Criação, Edição e Atualização
Paulo Antonouza