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13 de setembro de 2007

 

Drogas e Drogas - Educação Física

Sim, apesar do absurdo visto ontem no Senado, onde com todas as provas, apoiados em salários vergonhosamente altos para NÃO SE FAZER ABSOLUTAMENTE NADA que não seja em BENEFÍCIO PRÓPRIO, os nossos representantes absolveram o sr. Renan Calheiros; não é desse tipo de DROGAS que pretendo falar...
Parece que a luta é igualmente frágil.
E tem sentido.
Se por um lado a escola e parte da sociedade lutam para dirrimir a presença das drogas em nosso meio, e também esperam medidas emergenciais e positivas daqueles que têm o poder (quando na verdade, o poder verdadeiro está em nossas mãos, já que somos nós quem votamos neles), os políticos fazem outra das suas.
Tsc, tsc, tsc
...
Talvez essas sejam as verdadeiras drogas.
Ao invés de gastarmos milhões de reais mantendo um bando de inúteis que impedem o avanço do país, poderíamos destinar esse dinheiro a investimentos na área da educação... quem sabe assim, as drogas, todas, realmente pudessem desaparecer???
Mas acredito que é aí que está o problema.
Se investirmos na educação, inclusive com cobranças efetivas, as “drogas” todas sairiam... mais pessoas pensando, menos gente caindo na lábia da bandalha...
Vai ver que é por isso que certas votações (e reuniões) são secretas...
Vai ver que é por isso que as drogas têm tão livre acesso...
Vai ver é por isso que pessoas se abstém... e outras não são encontradas...
Sujeira grossa, só no caco de telha.


Mas, apesar de tudo isso, nós professores continuamos tentando. E hoje vou falar de um projeto que desenvolvi com os alunos do Ensino Fundamental.
O tema, vindo bem a calhar: DROGAS.
Dividi a atividade em três momentos.
No primeiro, os alunos leram e discutiram um texto sobre as drogas. Tipos, divulgação, conseqüências, efeitos...
No segundo momento, na quadra escolar, os alunos utilizavam um bastão para simular um efeito de perda dos reflexos. Eles corriam para um local determinado e utilizando o bastão e seus corpos, giravam ao redor de si mesmos (como o mundinho de interesses da política, que igualmente, só gira em torno de si). Em seguida, a turma escrevia em uma cartolina, palavras simbolizando o que haviam experimentado.
No terceiro momento, em sala de aula, passei as palavras para a lousa e após discutirmos a aula anterior novamente, partindo de questões objetivas, os alunos criaram textos (em prosa ou verso) sobre suas reflexões.
Entre todos os trabalhos, selecionei o da aluna Sibelle Lomazini Batista, da 8ª série A.



Vida difícil


Família pobre, pais desesperados,
O irmãozinho chora porque a barriga ronca
Vem a proposta o menino aceita.
Trabalho arriscado, dinheiro fácil.
Cigarro, pó, crack, maconha
Vem a vontade, logo o vício
A insônia da mãe, pelo delírios do filho.
O vício aumenta, vem a dívida.
Roubar e vender já não adianta mais
Álcool para esquecer os problemas
Acidente na hora de voltar para casa
De manhã vem o cobrador.
O dinheiro ou a vida?
Uma lágrima desce...
A arma é disparada
O grito da mãe ao ver o filho no chão;
Um gemido querendo pedir perdão
Arrependimento...
Olhos se fechando...
Silêncio de luto


Esse luto, experimentado no texto, é o que sentem grande parte dos brasileiros hoje, e os nomes não serão esquecidos... estão no pátio da escola, espalhados na internet e se tornarão parte de trabalhos pedagógicos, quem sabe assim, garantindo que novas doses dessas drogas - desse tipo, principalmente, não sejam mais ingeridas. (VEJA A LISTA)
Que todas as DROGAS possam ser eliminadas.

23h21 - Digite no google vergonha nacional para ver o resultado.



Prof. Lucileide Nucci leciona Educação Física na Escola Dinah.




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Criação, Edição e Atualização
Paulo Antonouza